Aproximadamente 50 mil quelônios foram devolvidos ao Rio Xingu no último sábado (30), em uma ação coordenada pela Norte Energia, concessionária da Usina Hidrelétrica Belo Monte, em parceria com o Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Pará (Ideflor-Bio). A iniciativa faz parte do Projeto Tartarugas do Xingu e mobilizou voluntários, moradores locais e crianças na Unidade de Conservação (UC) Refúgio de Vida Silvestre Tabuleiro do Embaubal, em Senador José Porfírio, sudeste paraense.

Desde 2011, o Programa de Conservação e Manejo de Quelônios já possibilitou a soltura de cerca de 6 milhões de filhotes de tartarugas-da-amazônia, tracajás e pitiús. Este ano, o monitoramento revelou 1.748 ninhos das três espécies nas praias do Refúgio de Vida Silvestre Tabuleiro do Embaubal. Além de promover a soltura, a atividade buscou conscientizar a população sobre a importância da preservação da fauna local.

Foto: Jéssica Santana (Norte Energia)

Para o presidente do Ideflor-Bio, Nilson Pinto, “essa ação é um marco para a conservação da biodiversidade amazônica. Unimos ciência, engajamento comunitário e parcerias estratégicas para garantir que espécies tão importantes continuem a contribuir com o equilíbrio do ecossistema. É uma vitória para a natureza e para as futuras gerações”, enfatizou. 

Participação – Entre os voluntários mirins, Arthur Cavalcante Gomes, de 9 anos, participou com entusiasmo. “Eu gostei muito de aprender sobre as tartarugas. Descobri que a tartaruga-da-Amazônia pode pesar até 65 quilos. Foi incrível ajudar os filhotes a voltarem para o rio”, relatou o garoto, que também participou das escavações na areia para liberar os quelônios.

Os quelônios possuem características únicas. A tartaruga-da-Amazônia, maior entre as espécies protegidas, pode colocar até 100 ovos por ninho. Já o tracajá e o pitiú, menores, depositam em média 20 ovos. Esses animais são fundamentais para o equilíbrio ambiental, pois atuam como dispersores de sementes e auxiliam na regeneração da floresta.

A participação comunitária foi um dos destaques do evento. Nikaelyson Batista, voluntário pela primeira vez, compartilhou sua experiência. “Foi incrível aprender sobre essas espécies e perceber o quanto nosso envolvimento é importante para a preservação delas. Vou levar esse aprendizado para minha comunidade”, ressaltou.

Foto: Jéssica Santana (Norte Energia)

Ações – As atividades incluem monitoramento contínuo, marcação de ninhos e manejo das condições naturais de reprodução. Desde agosto, equipes compostas por biólogos e auxiliares trabalham para garantir o sucesso da desova e a segurança dos filhotes. A eclosão, que ocorre entre novembro e dezembro, é acompanhada com atenção para assegurar que os animais alcancem o rio.

De acordo com o gerente de Meios Físico e Biótico da Norte Energia, Roberto Silva, o projeto representa uma renovação de vida. “Em breve, os primeiros filhotes soltos no início do programa estarão se reproduzindo nas praias do Tabuleiro. Esse ciclo, impulsionado por nosso trabalho, é gratificante e essencial para a preservação da fauna regional”, destacou. 

Além das atividades de soltura, o projeto também combate práticas ilegais, como a coleta de ovos e caça predatória, que ainda representam ameaças significativas. A fiscalização é realizada em parceria com órgãos como do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) e secretarias municipais, visando proteger as áreas de desova.

Além das atividades de soltura, o projeto também combate práticas ilegais, como a coleta de ovos e caça predatória, que ainda representam ameaças significativas. A fiscalização é realizada em parceria com órgãos como do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) e secretarias municipais, visando proteger as áreas de desova.

Fonte: Agência Pará

Foto: Jéssica Santana (Norte Energia)

Deixe uma resposta