As Forças Armadas destruíram, nesse domingo (8), uma pista de pouso clandestina de 320 metros de extensão na região conhecida como Garimpo do Zico, na Terra Indígena Yanomami. A pista era usada pelos garimpeiros ilegais para chegar ao território, que é de difícil acesso.
Para destruir o local de pouso, os militares usaram 200 kg de explosivos em seis pontos ao longo da extensão. A pista tinha 20 metros de largura e era um ponto crucial para o transporte de suprimentos para a atividade ilegal, segundo a Casa de Governo, que coordena as operações na TI.
As explosões deixaram crateras profundas, impossibilitando qualquer uso futuro da pista. A operação mobilizou 12 fuzileiros do 7º Batalhão de Infantaria de Selva e oito engenheiros militares do 6º Batalhão de Engenharia e Construção, com apoio de uma aeronave H-60 da Força Aérea Brasileira.
“A destruição dessa pista representa um golpe significativo nas operações do garimpo ilegal, desarticulando uma logística que abastece atividades criminosas na região”, afirmou Nilton Tubino, diretor da Casa de Governo.
A operação federal destruiu, neste ano, na região (dentro e fora da TI) 46 pistas clandestinas usadas para manter o garimpo ilegal e transportar o ouro para fora do território. A Casa de Governo atua em Roraima desde fevereiro deste ano.
Terra Yanomami
Com 9,6 milhões de hectares, a Terra Yanomami é o maior território indígena do Brasil em extensão territorial e enfrenta uma crise de saúde devido ao avanço do garimpo ilegal, com casos graves de indígenas com malária e desnutrição severa.
A Terra Yanomami está em emergência de saúde desde janeiro de 2023, quando o governo federal começou a criar ações para atender os indígenas, como o envio de profissionais de saúde e cestas básicas. Além de enviar forças de segurança a região para frear a atuação de garimpeiros.
Apesar das atividades de combate ao garimpo na região deflagradas em fevereiro de 2023, os invasores continuam em atividade. O Ministério dos Povos Indígenas estimou em março deste ano que 7 mil garimpeiros permanecem na região.
Fonte: G1 Roraima
Foto: Mauricio Monteiro Filho/Divulgação