O presidente Jair Bolsonaro vai se reunir na segunda-feira (6), com técnicos da Petrobras e da área econômica para discutir os impactos da alta do preço do barril de petróleo no mercado interno. Ele garante, contudo, que a reunião é apenas para discutir o diagnóstico sobre o cenário e eventuais medidas para mitigar os efeitos sobre os custos da gasolina e do óleo diesel, não havendo quaisquer relações com uma possível intervenção na política de preços da estatal.

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A possibilidade de o governo intervir na política de reajustes da Petrobras não está descartada, segundo assessores próximos do presidente. Sobretudo se houver uma escalada do clima de tensão entre Irã e Estados Unidos. Uma ação militar comandada pelos Estados Unidos em um aeroporto em Bagdá na madrugada desta sexta deu início a uma crise entre os dois países após o assassinato do general iraniano Qasem Soleimani.

O presidente da República sustenta, contudo, que a política de reajustes da Petrobras segue ancorada na variação do preço internacional do petróleo e o governo não vai adotar qualquer intervenção. “Nós optamos por isso e não vamos interferir. Agora, sabemos o quanto isso impacta toda nossa economia cujo produto final, gasolina e diesel, já está bastante alto. O povo quer que diminua o preço do combustível, com razão, mas não podemos tabelar”, sustentou, em entrevista por telefone ao programa Brasil Urgente, da TV Band.

Para discutir as melhores estratégias a serem adotadas para o consumidor, o governo convocou a reunião de segunda-feira. Bolsonaro lembrou que, em setembro, refinarias na Arábia Saudita foram atacadas por sete mísseis e 18 drones em uma ação atribuída pela coalizão árabe ao Irã. A acusação foi negada pelo governo iraniano e o preço do petróleo também disparou. Ao chefe do Executivo federal, o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, comparou a situação ocorrida há três meses ao atual cenário.
Oscilação
Por esse motivo, Bolsonaro acredita que a oscilação do preço do barril de petróleo no mundo será breve. De toda forma, a expectativa é debater a necessidade, ou não, de medidas preventivas. “Há poucas semanas, tivemos um ataque de drones em refinarias na Arábia Saudita e houve um pequeno aumento do petróleo. Conversei com Castello Branco e ele acha que esse pico de reajuste agora (hoje) de aumento vai ser semelhante ao ocorrido no ataque dos drones. Ele acha que um pouco disso vai se acomodar, destacou.

Além de Castello Branco e técnicos da estatal, estarão presentes o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e técnicos da pasta, além do ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva. “Não sabemos o que pode acontecer depois de uma situação como essa. (…) Mas, obviamente, na segunda, está marcada a reunião com várias autoridades para nos prepararmos das possíveis consequências se isso durar mais tempo do que aquele caso da Arábia Saudita com os drones”, afirmou.

Com informações do Estado de Minas.
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