Quem passa pela Almirante Barroso, na esquina da Avenida Júlio César, em frente ao novo prédio da Polícia Federal em Belém, ainda em fase de construção, se impressiona com a exposição de veículos de luxo, apreendidos durante a Operação SOS, realizada dia 29 de setembro, autorizada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
A operação foi desencadeada pela PF no Pará e em São Paulo, onde estão sendo apurados desvios de R$ 1.2 bilhão em 12 contratos, em que o governo Helder Barbalho (MDB) celebrou com organizações sociais para administração de hospitais de campanha para atender pacientes da covid-19 na capital e interior do Estado.
Os carros apreendidos são de propriedade de Nicolas Tsontakis Morais, apontado pelas investigações do Ministério Público Federal, a Procuradoria Geral da República e a própria PF, como homem-chave dos desvios de recursos públicos durante o período de pico da pandemia da covid-19 no Pará, no primeiro semestre desde ano de 2020.
O ministro Francisco Falcão autorizou as buscas e apreensões em várias secretarias da administração pública do Pará, além de agumas residências dos envolvidos no suposto esquema de desvio de dinheiro público. Falcão essaltou no despacho, que conforme levantamento “não exaustivo” da Polícia Federal, o patrimônio de Nicolas Tsontakis Morais chega a R$ 600 milhões, incluindo um veículo de R$ 450 mil.
A pedido da Polícia Federal, o Superior Tribunal de Justiça prorrogou a ordem de prisão temporária dos principais investigados na Operação SOS, incluindo Nicolas Tsontakis e dos secretários estaduais, Parsifal Pontes, (secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia – exonerado após a prisão); Antônio de Pádua de Deus Andrade (Secretário de Estado de Transportes); Peter Cassol de Oliveira (ex-secretário de Gestão Administrativa da Secretaria de Saúde do Pará) e – Leonardo Maia Nascimento (assessor de gabinete do governador Helder Barbalho).
Estado do Pará News com informações do Blog Espaço Aberto
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