O clima entre os moradores da região da barragem da Usina Hidrelétrica de Curuá-Una localizada na PA-370, km 74, em Santarém, oeste do Pará, é de extrema apreensão.
Crédito: Max Romário / Ascom Prefeitura de Mojui dos Campos
A semana passada foi turbulenta para os moradores das comunidades de Mojui dos Campos em decorrência das fortes chuvas.
Temendo a possibilidade de transbordamento, moradores das comunidades São Pedro, Santa Rita, São Francisco do Xavier e Bananeira, que pertencem a Mojui dos Campos, estão preocupados com falta de orientação sobre como proceder em uma situação de emergência.
Comunitários relatam que há famílias de malas prontas e prestes a abandonar suas casas a margem do Rio Curuá-Una, outras já deixaram as casas, foi o caso da filha do Deodato João da Silva, morador da comunidade Bananeira. “Agente ver os vizinhos perdendo tudo, agente fica temeroso também. A minha filha foi prejudicada com a enchente, só que ela não estava em casa, ela tava aqui comigo”, destacou.
Em entrevista ao Portal Estado do Pará News, o secretário de meio ambiente, Yago Rodrigues Estouco, informou que esteve in loco fazendo levantamento. “Estamos Fazemos um monitoramento constante das comunidades da região que ficam à margem do Rio Curuá-Una. Eu, particularmente, estive lá nesta terça-feira. O que a gente pôde observar é que a mesma chuva que caiu na represa aconteceu de maneira muito intensa acima dela. Comunidades como Santa Rita, Bananeira, São Pedro e São Francisco do Xavier, foram atingidas fortemente por uma chuva de sábado dia 25 de abril. A gente conversou com os moradores no local e pôde constatar isso. As chuvas da semana passada foram muito fortes, isso contribuiu para a cheia do Rio Curuá-Una e córregos”, enfatizou.
Ainda de acordo com Yago Estouco, os comunitários estão bastantes esperançosos com a baixa do Rio Curuá-Una, que já começou.
O comunitário Raimundo Herculano de Sousa Vale, mora com a família desde 1991 na comunidade Bananeira, em contato com reportagem do Portal Estado do Pará News, informou que a concessionária de energia fez a demarcação da limitação de construção das casas na comunidade. “Exatamente, porque tinha o limite de fazer as casas, as pessoas acharam por bem fazer às margens do rio”, ressaltou.
Na manhã desta quarta-feira (29), o prefeito Jailson Alves, determinou que fosse montada uma força-tarefa envolvendo as secretarias de meio ambiente, infraestrutura e agricultura para avaliar a situação e ouvir as reivindicações dos moradores ribeirinhos do município. “Com o apoio de secretarias, será feito um estudo aprofundado do local para viabilizar a melhoria da vida dessas pessoas”, explicou.
Entre as ações emergenciais a serem implementadas pela prefeitura, a Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf), já iniciou a recuperação dos acessos da comunidade Vista Alegre do Rio Mojú. É um serviço emergencial que irá evitar que novas chuvas prejudiquem as centenas de famílias que residem naquela comunidade.
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