A Delegacia Especializada no Atendimento à Criança e Adolescente (Deaca) começou a investigar nesta semana denúncia de moradores do Residencial Alto Bonito, em Parauapebas, no sudeste do Pará, após afugentarem um homem que, afirmam, se masturbava dentro de um carro, em via pública. Além disso, ele estaria chamando uma criança que passava pela calçada. Antes de conseguirem afastar o suspeito, um dos moradores fotografou a cena.
Foto: Divulgação
Na imagem, é possível ver o carro, um Hyundai HB 20 de cor branca, o braço para fora da janela e a criança na calçada do outro lado da rua, parada e segurando um objeto nas mãos, olhando em direção ao homem. Em entrevista, a delegada Ana Carolina Abreu informou que o condutor foi identificado por meio do veículo, que pertence à ex-companheira dele. O nome não foi divulgado.
O fato, informa a delegada, aconteceu na quarta-feira (29), dois dias após o suspeito chegar na cidade para resolver uma questão trabalhista. “Ele pediu o carro para a ex-esposa emprestado. Às 7 horas ele deixou ela no trabalho e só retornou à tarde para devolver o carro. Ela não tinha conhecimento de nada que estava acontecendo, inclusive tentaram abordar o carro e ela está muito temerosa por isso”, diz a autoridade policial, acrescentando que no dia seguinte ao fato o homem retornou ao estado de Minas Gerais, onde tenta se recolocar no mercado de trabalho.
“O que chegou até a gente foi que ele parou o carro, estava com as calças baixas se masturbando, abriu a porta do carro, mostrou o órgão sexual para criança e teria chamado a criança até ele. Vizinhos que estavam na janela do prédio, inclusive, fotografaram e gritaram para assustar ele e não deixar que a criança fosse até ele”, relata a delegada.
Ela diz que apesar da Polícia Civil ter chegado a estas informações sobre o ocorrido, nem a criança e nem as testemunhas compareceram até o momento na unidade policial, porém serão intimadas a prestarem depoimento. “O que temos de antemão é que o simples fato dele estar se masturbando e mostrar o ato de masturbação para uma criança já configura crime”, afirma Ana Carolina.
De acordo com a delegada, caso descubra-se que o homem realmente chamou a criança com o intuito de praticar ato libidinoso com ela, ele também poderá responder pelo aliciamento de menor. “Por isso eu preciso que as testemunhas venham na delegacia. A mãe se comprometeu a trazer a criança para relatar o que ela viu, se realmente ele a chamou ou se ele abriu a porta do carro para mostrar para ela o ato que ele estava praticando”.
A delegada acrescenta que o homem está qualificado indiretamente, que o processo deverá tramitar em Parauapebas e caso o homem chegue a ser condenado na comarca poderá cumprir a pena no estado onde reside atualmente. O caso chegou ao conhecimento da equipe responsável após a foto circular com a notícia via redes sociais.
Ana Carolina alerta sobre a importância de fatos nesta natureza serem denunciados diretamente aos órgãos responsáveis. “Não adianta só ficar publicando em rede social, as pessoas precisam vir à delegacia para a gente entender melhor o que estava se passando e colocar isso no papel. Só de publicações de rede social infelizmente a gente não consegue juntar elementos informativos o suficiente para que o Ministério Público ofereça a denúncia”, finaliza.
Com informações da TV Correio – SBT
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