Maritza Soyalero, uma idosa venezuelana que se aproximava de completar 101 anos, foi encontrada morta em circunstâncias que geraram preocupação na comunidade de Novo Progresso, localizada no município de Mojuí dos Campos, no oeste do Pará. A descoberta de seu corpo, em um barraco coberto por lona, ocorreu na manhã de quarta-feira, (23).

(Foto: Divulgação / Polícia Militar)

A situação rapidamente mobilizou os moradores, que acionaram a Polícia Militar para registrar a ocorrência e garantir que as medidas adequadas fossem tomadas. A Polícia Civil também foi informada e solicitou a presença do Instituto Médico Legal (IML) de Santarém para apurar as causas da morte. Contudo, a demora na chegada dos agentes do IML, que só ocorreu na manhã da quinta-feira, gerou revolta entre os moradores da comunidade.

(Vídeo: Divulgação / Redes Sociais)

Na noite de quarta-feira, a situação na comunidade de Novo Progresso gerou tensão entre os moradores, levando a equipe da Polícia Militar a intervir. O subtenente Fonteles, comandante do 6° Pelotão de Polícia Destacado de Mojuí dos Campos, relatou que ele recebeu informações sobre um protesto na localidade, onde os residentes estavam bloqueando uma via de acesso em protesto à morte da senhora. A preocupação dos moradores em relação às circunstâncias da morte levou ao fechamento da estrada, impedindo o sepultamento do corpo à noite. A polícia foi acionada para conter a situação e garantir que o procedimento de sepultamento ocorresse de forma adequada e respeitosa.

Após a avaliação da Polícia Científica, que constatou que a morte foi natural, a situação se normalizou e os procedimentos para o sepultamento de Maritza foram autorizados. Este incidente ressalta a importância da comunicação e do respeito às normas legais em situações delicadas, principalmente quando envolvem a dignidade de um idoso. A comunidade demonstrou solidariedade e preocupação, destacando a necessidade de um suporte mais ágil das autoridades em casos semelhantes.