O jogador de futebol sul-mato-grossense Hugo Vinicius Skulny Pedrosa, de 19 anos, estava desaparecido há sete dias após sair de uma festa em um posto de combustível, no município vizinho de Pindoty Porã, no Paraguai. O jogador foi esquartejado e teve as partes do corpo lançadas no leito do rio Iguatemi, em Sete Quedas (MS).
(Foto: Reprodução)
De acordo com a prima do jogador, Andressa Skulny, o jovem morava com a avó materna e o irmão e não tinha atrito com ninguém.
“Moramos na fronteira seca, então ele só atravessou a rua e foi para essa festa, às 3h da manhã nossa avó ligou para ele, ele disse que a noite estava muito tranquila e legal e que logo chegaria em casa, que era para ela não se preocupar, mas ele não voltou, ele nunca mais vai voltar”, relata a prima, emocionada.
Ainda segunda a prima do jovem, Hugo cursava a graduação de Educação Física de maneira remota e sonhava em viver do esporte.
“Ele estava no primeiro ano da faculdade, estava jogando como nunca, e sonhava em logo se destacar e conseguir entrar em um time grande, ele era até um pouco impaciente para conquistar seus objetivos logo”.
Hugo foi visto pela última vez por amigos que o deixaram próximo da casa da ex-namorada, por volta das 5h da manhã do domingo (25).
“A princípio achávamos que ele só tinha resolvido dormir fora e pela primeira vez na vida resolveu não avisar ninguém, mas, no domingo a tarde ele ia jogar pelo time Projetinho no Intervilas, campeonato dos bairros da cidade, ele nunca perderia um jogo, ainda mais aquele que ele seria capitão e foi ele quem conseguiu patrocinadores”.
Carreira
Jovem competia em partidas estaduais de Mato Grosso do Sul. — (Foto: Reprodução)
Apaixonado pelo futebol desde criança, e flamenguista roxo, foi na posição de atacante que o jovem se descobriu.
Em 2021, o atleta disputou o sub-17, pelo Seduc, onde foi destaque de partidas e até campeão na Copa Itu de Futebol Menores, em São Paulo.
“Ele fez parte do elenco de 2021, ele foi campeão da Copa Itu de Futebol Menores, em São Paulo. Ele também disputou a competição Ramom Pereira, em Campo Grande, por dois jogos ele foi considerado o melhor da partida. Era um garoto promissor, estava correndo atrás do sonho, sempre fazendo avaliações, tinha um comportamento exemplar”, relatou ao g1, o presidente do Seduc, Wilson Lima.
Investigações
Hugo Vinicius Skulny Pedrosa. — (Foto: Reprodução)
Na madrugada do desaparecimento, Hugo usava camisa azul e calça jeans. O sumiço do jovem foi registrado na segunda-feira (26), pela mãe de Hugo, Eliana Skulny.
E os restos mortais do jogador só foram encontradas durante uma operação de força-tarefa envolvendo as polícias Civil, Militar, Corpo de Bombeiros e Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Fronteira (Defron), no último domingo (2).
O reconhecimento foi feito a partir de uma tatuagem que o Hugo tinha no braço, com o nome do pai, falecido há cerca de 2 anos. As partes do corpo foram levadas para o Instituto de Medicina e Odontologia Legal (IMOL) e ainda não foram liberadas. O caso segue em investigação.
Após o desaparecimento, amigos e familiares de Hugo pediram ajuda nas redes sociais para encontrar o jogador. Na quinta-feira (29), até a cantora Ana Castela, conterrânea de Hugo, compartilhou a corrente de buscas que a família fez.
Fonte: G1 Mato Grosso do Sul