O piloto Valdir Roney Mendes, de 59 anos, morreu nesta sexta-feira (12) em Manaus (AM), após mais de três meses internado no Centro de Tratamento de Queimados (CTQ) do Hospital e Pronto-Socorro 28 de Agosto, na capital amazonense. Ele é a quarta vítima fatal da queda do avião em Manoel Urbano, interior do Acre, em 18 de março deste ano.

(Foto: Arquivo pessoal)

Sete pessoas estavam a bordo da aeronave que caiu após decolar, incluindo o piloto, sendo quatro homens e três mulheres. Eles seguiam para a cidade de Santa Rosa do Purus, distante 150 km do município de onde decolaram. Sidney Estuardo Hoyle Vega, comerciante peruano, morreu no acidente. Nove dias depois, Suanne Camelo morreu em Manaus (AM). No dia 24 de maio, morreu a biomédica Amélia Cristina Rocha, de 28 anos, a terceira vítima.

A informação foi divulgada pelo governador Gladson Cameli, por meio de uma publicação em rede social. Mendes foi transferido à unidade em Manaus no dia 22 de março. Na postagem, o governador ressaltou que o profissional, natural de Sena Madureira, no interior do Acre, tinha 37 anos de aviação, e se compadeceu com a família.

“Rogamos a Deus que possa, neste momento de profunda dor, consolar seus familiares, amigos e colegas de profissão”, destacou Cameli.

O piloto estava na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) com 40% do corpo queimado. Ainda não há informações sobre o translado do corpo de Mendes para o Acre.

Acidente

Após quase quatro meses do acidente, não há informações sobre possíveis causas para a queda do Cessna Skyline 182. De acordo com o governo do Acre, o avião caiu logo após a decolagem, a 1 quilômetro da cabeceira da pista de Manoel Urbano.

O avião Cessna Skylane 182 que caiu após decolar, tinha capacidade para transportar no máximo quatro pessoas. Entretanto, seis passageiros e o piloto estavam dentro da aeronave no momento da queda. Além disso, o veículo, que seguia rumo a Santa Rosa do Purus, não tinha autorização para atuar como táxi aéreo.

O Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB) da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) aponta que o avião registrado com o prefixo ‘PT-JUN’ tinha registro para serviço aéreo privado, mas não poderia ser utilizado como táxi aéreo, já que estava com o Certificado de Verificação de Aeronavegabilidade (CVA) vencido desde o dia 1º de junho de 2019.

O serviço de táxi aéreo consiste em transportar passageiros a curta distância, como é o caso destas viagens intermunicipais. Desse modo, cada passageiro paga uma quantia pela passagem e, quando alcançar a quantidade máxima de pessoas na lotação, o voo sai rumo ao destino final. Como Santa Rosa do Purus é um dos municípios isolados do estado, os meios de acesso são apenas por barco ou avião.

As investigações continuam em busca de respostas que levem às causas do acidente aéreo. A apuração é feita pela Polícia Civil de Manoel Urbano e pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).

Portal Estado do Pará News com informações do G1 Acre