A operação Cobiça, deflagrada pela Polícia Federal, destaca a crescente preocupação com crimes ambientais na região do Tapajós, no oeste do Pará. A ação, que ocorreu na manhã desta quinta-feira (28), visa desarticular uma organização criminosa envolvida na exploração ilegal de ouro, e aponta para a possível participação de servidores públicos nesse esquema.

Com a execução de 21 mandados de busca e 4 mandados de prisão, a operação se estende a várias cidades, incluindo Santarém, Itaituba, Altamira, além de locais fora da região, como o Rio de Janeiro e Goiânia. Dentre os detidos, dois são servidores públicos e dois são empresários, evidenciando a complexidade e a articulação das atividades ilícitas.

Além das prisões, a operação também inclui o sequestro de bens e a aplicação de medidas cautelares, como o afastamento de servidores de suas funções. Essa ação é um passo importante no combate à exploração ilegal de recursos naturais e na proteção do meio ambiente, refletindo o compromisso das autoridades em coibir práticas que ameaçam a biodiversidade e os direitos das comunidades locais.

As empresas envolvidas no esquema teriam causado dano ambiental em área de 212 hectares, extraindo quantidade de minérios superior à permitida na guia de utilização expedida pela Agência Nacional de Mineração (ANM). As empresas declararam extrair minérios de terra indígena e de locais onde ela não teve atividade.

Entre 2020 e 2021, o grupo econômico teve um rendimento estimado superior a R$ 1 bilhão, extraindo muito mais minérios do que o autorizado, em locais proibidos.

Fonte: Polícia Federal

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