Deflagrada pela Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), a operação “Jano” realizou procedimentos de revista em todas as unidades prisionais do Estado do Pará, simultaneamente. O objetivo foi evitar fugas no período das festas de final de ano. Mais de mil agentes de segurança pública, entre agentes da Força-Tarefa de Intervenção Penitenciária (FTIP), Comando de Operações Penitenciárias (COPE), Polícia Civil, Grupamento Aéreo de Segurança Pública (Graesp), setores de inteligência e de comandos especializados da Polícia Militar, atuaram na operação, realizada nesta sexta-feira (20).

No Centro de Recuperação Penitenciário III (CRPP III), localizado no Complexo Penitenciário de Santa Isabel, estão custodiados 998 internos do regime fechado. No local, a ação iniciou pouco depois das seis da manhã. O procedimento teve início com o ingresso das tropas para fazer a contenção dos detentos. Obedecendo os procedimento de segurança, todos os custodiados foram conduzidos para o solário da unidade para que os agentes pudessem realizar a revista.

Excessos de itens que são entregues e não possuem mais utilização foram descartados, como embalagens descartáveis onde os alimentos são servidos, linhas e sacos plásticos, por exemplo, para impedir que o material seja utilizado na confecção de objetos que tragam riscos, como na fabricação de armas brancas e até mesmo camuflar buracos para possíveis fugas. Toda a ação foi acompanhada, em tempo real, de uma sala de situação instalada no prédio da Seap, na capital. Gestores do sistema penitenciário monitoraram a operação nas casas penais do Estado.

Foto: Bruno Cecim / Ag.Pará

O trabalho de revistas nas unidades penitenciárias estaduais foi intensificado durante todo este ano. De janeiro até a primeira quinzena de dezembro foram 453 revistas realizadas na capital e no interior, que somadas às ações de prevenção e de ostensividade refletem a redução da criminalidade nas ruas.

“Todos os estados possuem uma salvaguarda para ações de crises que venham a ocorrer no final de ano. Aqui, aumentamos o controle sobre a gestão e protocolos de agentes prisionais. O procedimento de revista garante a tranquilidade para todos os paraenses, pois passamos a compreender que para ter uma segurança pública com baixos índices de criminalidade, é preciso ter controle sobre o sistema prisional. E é isso que temos feito ao longo de todo o ano, aumentando o controle e a segurança no sistema prisional como ferramenta fundamental para a queda dos índices de criminalidade no Estado do Pará”, ressaltou o titular da Seap, Jarbas Vasconcelos.

Em outra unidade localizada na Região Metropolitana de Belém (RMB), no Presídio Estadual Metropolitano I (PEM I), as revistas iniciaram na última segunda-feira (16). Entre os objetos apreendidos em quatro dias estão: 100 armas brancas, 76 celulares, 68 Chips, 71 pacotes de fumo e 29 baterias de celular. Mais de 8 toneladas de lixo, entre colchões inapropriados e entulhos, por exemplo, foram despejados em aterros sanitários. A medida faz parte ainda da aplicação do novo modelo gestão inserido em etapas dentro do cárcere, tendo como base os procedimentos de segurança nacionais com o emprego da disciplina, higienização e implementação de novos procedimentos, que dura em torno de 90 dias.

Foto: Bruno Cecim / Ag.Pará

De acordo com o comandante do Comando de Missões Especiais, Coronel Cavalcante Neto, essa a operação de hoje faz parte de um calendário de atividades. ‘O que fizemos hoje já faz parte da nossa rotina. Somente mantendo o rigor no cárcere será possível gerar segurança. Somente no complexo penitenciário de Santa Isabel, 500 agentes trabalharam, obedecendo os critérios de segurança. No interior do estado, o de há efetivo do COPE e da FTIP, os grupos especializadas prestaram o apoio”, explicou.

Integração – As ações conjuntas entre as instituições garantem a eficiência e a segurança também enquanto a operação estava sendo deflagrada, com a participação da FTIP, COPE, Cavalaria, Canil, Comando de Operações Especiais (COE), Graesp, Comando de Missões Especiais (CME), Batalhão de Choque, Ronda Tática Metropolitana (Rotam), agentes prisionais, Grupamentos Táticos, Polícia Civil, integração de todas as inteligências dar todos os órgãos da segurança pública.

“Foram empregadas as tropas mais especializadas da PM, desde o Comando de Missões Especiais (COE) até os grupamentos Táticos Operacionais que pertencem aos comandos de segurança de todo o Estado, em conjunto com Seap e FTIP com o único objetivo de garantir a tranquilidade, em especial, durante as datas comemorativas do Natal e Ano Novo”, afirmou o Chefe-Maior da PM, no Pará, Coronel Ronald Souza, ressaltando ainda que as constantes revistas e o maior rigor dentro do cárcere contribuíram para a redução dos atentados contra policiais militares.

Com informações da Secretária de Segurança Pública e Defesa Social do Pará
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