O delegado João Evangelista disse nesta terça-feira (31) que solicitou a autorização judicial para transferir o ex-senador Telmário Mota, preso em Goiás, para Roraima. Segundo a Polícia Civil roraimense, Mota foi encontrado sozinho dentro de um carro e não reagiu à prisão, em Nerópolis, região metropolitana de Goiânia (GO). O político segue sob a custódia na Delegacia de Homicídios de Goiás.
(Foto: Reprodução / Senado Federal e arquivo pessoal)
A Polícia Civil de Goiás (PCGO), por sua vez, informou que a prisão foi feita pela Polícia Militar do Estado, após troca de informações entre a Delegacia de Nerópolis e a corporação militar. A delegacia é a responsável pelos procedimentos de praxe, de trâmite do custodiado e ainda a comunicação ao juízo competente, no caso, a Justiça de Roraima.
Até o momento, o sobrinho do político, Harrison Nei Correa Mota, o “Ney Mentira”, apontado como a pessoa que liderou a logística e planejamento do crime, é o único que segue foragido no âmbito das investigações que apontam Telmário Mota como mandante do assassinato de Antônia Araújo de Sousa, de 52 anos – mãe de sua filha de 18 anos que o acusou de estupro às vésperas das eleições de 2022.
A mulher foi morta no dia 29 de setembro, três dias antes de ser ouvida como testemunha no processo. João Evangelista, que chefia as investigações, tem convicção de que a relação conturbada entre Telmário Mota e Antônia Araújo motivou o crime e que o ex-senador seria o maior beneficiado pela morte da mulher.
No dia 19 de outubro, Mota gravou um vídeo em que dizia acompanhar rumores de que seria alvo de operação da Polícia Civil de Roraima para prendê-lo. O ex-senador prossegue negando envolvimento com o crime. “Eu não matei a Antônia, não mandei matar, não sei quem matou e não sei se alguém mandou matar. Cabe a Polícia descobrir, a nossa Polícia Civil tem excelente quadro humano, porém, tá desaparelhada”, disse.
Estado do Pará News com informações da Folha BV