A Polícia Federal apreendeu em Santarém, no oeste do Pará, quatro aeronaves e 72 barras de ouro, avaliadas em R$ 14,8 milhões. O trabalho faz parte da operação “Ouro Frio”, deflagrada nesta sexta-feira (9), para combater garimpos clandestinos e o “esquentamento” do ouro para criar uma falsa legalidade ao minério extraído ilegalmente. Os policiais cumpriram oito mandados de busca e apreensão nos municípios de Santarém e Itaituba, no interior do Pará.

(Foto: Polícia Federal)

A ação ainda está em andamento, mas somente em um dos endereços, em Santarém, os agentes encontraram 72 barras de ouro, que totalizaram 44,9 kg, dentro de um cofre em uma das residências alvo da operação. No mesmo lugar, também foram apreendidos R$ 149 mil e US$ 20 mil, em espécie. Em um hangar, no mesmo município, foram apreendidos quatro aviões, cuja suspeita é que fossem usados no transporte do ouro ilegal.

A operação foi articulada baseada em inquéritos policiais que são desdobramentos de uma investigação que começou em 2016 sobre a cadeia produtiva do ouro no oeste do Pará. Os alvos são garimpos clandestinos, mas também pessoas que atuam como intermediárias na cadeia, fazendo o “esquentamento do ouro”.

A Justiça determinou o sequestro de bens de suspeitos de envolvimento no crime no valor de aproximadamente R$ 15 milhões. O valor é quase o mesmo do ouro apreendido hoje, mas segundo a polícia é apenas uma coincidência.

Apesar de ainda não ter sido decretada nenhuma prisão antes da operação, os proprietários do material apreendido podem ser penalizados por extração ilegal de minério, falsificação de documentos e associação criminosa. Essa ação faz parte da Operação Verde Brasil 2, iniciada em maio deste ano, para proteção e preservação da Amazônia e outros biomas. A operação conta com apoio das Forças Armadas.

Estado do Pará News com informações do Uol

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