O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, teve uma conversa telefônica com o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, na qual propôs o adiamento dos Jogos Olímpicos de Tóquio. A ideia de empurrar o evento para, no mais tardar, meados de 2021 foi aceita pelo COI.
Shinzo Abe, primeiro-ministro do Japão
Foto: Issei Kato
A informação inicial foi da emissora japonesa NHK. O relato cita que Abe argumentou a dificuldade para a preparação dos atletas diante da pandemia do coronavírus. O primeiro-ministro pontuou no papo que o COI já abrira discussões sobre os cenários possíveis para os Jogos e não descartava o adiamento.
– Há cerca de um ano para os atletas do mundo poderem disputar nas melhores condições e ter um torneio seguro e protegido para o público, com base na situação atual. Bach respondeu: “Eu concordo 100%” – disse Shinzo Abe à imprensa local.
No Twitter, a conta oficial do escritório do primeiro-ministro disse que “após conversa telefônica com o presidente Bach, Aba falou com a imprensa e explicou que os dois concordaram que os Jogos Olímpicos de Tóquio não seriam canceladas, mas realizados até o verão de 2021”.
– Concordamos em trabalhar em estreita colaboração com o presidente Bach para sediar os Jogos de Tóquio na íntegra como prova de que a humanidade superou a nova infecção por coronavírus. Eu quero fazer isso – completou o primeiro-ministro japonês.
Em nota, o COI citou que o acordo pelo adiamento se deu diante da “presente circunstância baseada na informação da Organização Mundial da Saúdo” de que mais de 375 mil casos do coronavírus já foram confirmados no mundo.
No domingo, o COI estipulou para si mesmo um prazo de até quatro semanas para decidir o que fazer com Tóquio-2020. O evento estava inicialmente marcado para iniciar em 24 de julho. Thomas Bach, em carta aos atletas, ressaltou que cancelar estaria fora de cogitação.
Apesar da reticência do COI em dar um veredito, vários comitês olímpicos nacionais se manifestaram a favor da não realização dos Jogos na data inicialmente marcada. O Brasil foi um deles. Canadá e Estados Unidos, por exemplo, avisaram que não enviarão suas delegações, caso o COI mantenha o evento em 2020.
A chama olímpica, já acesa na Grécia, ficará no Japão. O evento manterá o nome Tóquio-2020.
Redação Integrada com informações do Extra
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