A Justiça Eleitoral decretou a prisão preventiva do vereador e presidente da Câmara Municipal de Boa Vista, capital de Roraima, Genilson Costa (Republicanos), em audiência de custódia nesta segunda-feira (7), um dia após a eleição desse domingo (6), quando ele foi flagrado pela Polícia Federal com R$ 26 mil em espécie, arma e ouro.

(Foto: Reprodução / Instagram e arquivo pessoal)

O pedido para que a prisão em flagrante fosse convertida para preventiva foi do Ministério Público Eleitoral, por meio do promotor de Justiça Hevandro Cerutti, e acatada pelo juiz da 5ª Zona Eleitoral, Angelo Augusto Graça Mendes.

Procurada, a defesa do vereador informou que ingressou com pedido de habeas corpus para revogar a prisão preventiva. No pedido, foi alegada presunção da inocência e que a medida foi tomada sem provas.

Genilson, que se reelegeu e foi o terceiro mais bem votado, foi preso pela PF quando investigadores cumpriam um mandado de busca e apreensão na casa dele, no bairro Cinturão Verde, zona Oeste de Boa Vista, por volta das 18h20 de domingo.

PF suspeita que listas com nomes encontradas no banheiro de Genilson eram para compra de votos — Foto: Reprodução

PF suspeita que listas com nomes encontradas no banheiro de Genilson eram para compra de votos. (Foto: Reprodução)

Parte dos R$ 26 mil foram encontrados no closet e no carro do vereador. Além disso, foram apreendidas listas com nomes de possíveis eleitores rasgadas e descartadas no lixo do banheiro da casa. O ouro em estado bruto, cerca de 1,7 gramas, foi encontrado de um saco plástico – avaliado em R$ 797 pela cotação atual.

Segundo PF, essas pessoas “tinham acabado de receber o valor de uma outra pessoa que se encontrava dentro do imóvel e que referida quantia estava relacionada à “boca de urna””.

Sobre o vereador preso

Genilson foi reeleito vereador neste ano com 3.744 votos e vai para o terceiro mandado seguido na Câmara de Boa Vista (Em 2016, foi eleito pela primeira. Depois, em 2020).

Ele é investigado pela Justiça por suspeita de integrar um esquema de tráfico de drogas em Roraima. Segundo o Ministério Público de Roraima (MPRR), autor da acusação, Genilson chegou a fazer negociações de drogas de dentro do gabinete da Casa. À época, ele negou as acusações.

Ele segue para o 6º mandato como vereador, somando as vezes em que foi eleito também no interior. Na biografia, afirma que tem como bandeiras na Câmara o desenvolvimento regional, a valorização do servidor público, a agricultura, o esporte e o lazer.

Portal Estado do Pará News com informações do G1 Roraima

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