O empresário Washington De Oliveira Sousa, de 54 anos, foi preso neste sábado (24), após tentar explodir uma bomba na área do Aeroporto de Brasília, com explosivos oriundos de garimpos e pedreiras no Pará. O homem veio do Pará para participar dos atos contra o presidente eleito Luis Inácio Lula da Silva (PT) em frente ao Quartel General do Exército, em Brasília. Em depoimento na 01º Delegacia de Polícia (Asa Sul), ele admitiu a motivação política do crime. 

(Foto: Reprodução)

George é dono de uma empresa de vestuário em Santarém, no oeste paraense. Ele veio para Brasília logo após a derrota de Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno das eleições, em 31 de outubro. Desde então, ele participa de atos em frente ao QG do Exército e mora em um apartamento alugado no Sudoeste.

No começo da noite deste sábado, George foi preso no apartamento. Junto dele, segundo a PCDF, foram apreendidos um fuzil, duas espingardas, revolveres, mais de 1 mil munições e artefatos explosivos.

“Ele estava em uma camionete, carro próprio, e trouxe os armamentos por lá. Mas as emulsões explosivas foram encaminhadas para ele posteriormente. Será investigado quem enviou, mas de antemão elas são oriundas de pedreiras e garimpos do Pará, mas iremos investigar essa conexão”, falou o diretor geral da Polícia Civil do Distrito Federal , Robson Cândido.

De forma espontânea, o criminoso confessou que queria chamar atenção para as questões políticas que tem defendido. “Não temos noção de quantas pessoas colaboraram com ele, mas as investigações vão se aprofundar. Nós respeitamos as manifestações, mas quando ela foge de princípios constitucionais e fere a liberdade do próximo, a PCDF vai agir, e agir com rigor”, concluiu Robson.

“Se esse material adentrasse o Aeroporto de Brasília, próximo a um avião com 200 pessoas, seria uma tragédia aqui dentro de Brasília, jamais vista, seria motivo de vários noticiários internacionais, mas nós conseguimos interceptar”, disse Robson Cândido.

O homem preso neste sábado será autuado por porte, posse de arma de fogo, munições e crime contra o Estado Democrático de Direito.

Com informações do Correio Braziliense