Jussana Machado, 39 anos, suspeita de agredir uma babá de 40 anos e atirar contra o advogado Ygor Colares, 35 anos, teve a prisão em flagrante convertida para preventiva após passar por Audiência de Custódia na tarde deste sábado (19), no Fórum Ministro Henoch da Silva Reis, situado no bairro São Francisco na zona Sul de Manaus.
(Foto: Reprodução / Montagem A Critica)
De acordo com o Presidente da Comissão de Direitos e Prerrogativas e Valorização da Advocacia da OAB-AM, Alan Johnny, o Ministério Público do Amazonas (MP-AM) estranhou como o procedimento foi formado pela autoridade policial.
“Ficou estranho o motivo pelo qual a esposa foi flagranteada e o policial civil não. Então ele entendeu que houve indício de corporativismo e faltaram documentos necessários pra ser encaminhado para a justiça, então ele entendeu que a autoridade policial talvez quisesse amenizar a situação para favorecer aqui na custódia”, disse Alan Johnny.
Para o presidente da comissão os videos das câmeras de segurança do condomínio, corroboraram para que a prisão preventiva fosse decretada. “O Ministério Múblico muito bem preparado identificou essas situações e falou na audiência de custódia nesse sentido. E a prisão em flagrante foi convertida em prisão preventiva, por que havia elementos ali. O vídeo mostra claramente uma brutalidade”, declarou.
Comissão de Direitos e Prerrogativas e Valorização da Advocacia da OAB-AM em frente o fórum na tarde deste sábado (19) (Foto: Divulgação / OAB-AM)
Pedido de justiça
Os membros da Comissão de Direitos e Prerrogativas e Valorização da Advocacia da OAB-AM compareceram ao Fórum para pedir justiça. O Presidente da OAB-AM, Jean Cleuter Mendonça, declarou em coletiva de imprensa que a Ordem acompanhará todo o caso.
“A OAB como representante da sociedade está aqui para pedir justiça. Nós não ficamos por esse momento, nós vamos acompanhar esse caso até o final. Um caso que tiver um advogado, a OAB estará presente do início ao fim”, disse Mendonça.
O presidente da OAB-AM entende que as medidas legais também devem ser tomadas em relação ao companheiro da acusada, o mestre de jiu-jitsu e investigador de Polícia Civil do Amazonas, Raimundo Nonato Machado. “Eu tenho certeza que o Ministério Público, como a Ordem dos Advogados do Brasil também vai tomar providências para que sejam feitas todas as medidas necessárias para a apuração do caso”, disse Jean.
Jussana e Nonato Machado (Foto: Reprodução / Arquivo Pessoal)
“Este é outro problema grave na sociedade, entregar a arma para uma pessoa que não tenha condições de estar armado. Nós temos que ver isso de uma forma muito séria, porque alguém poderia ter morrido nesse episódio, ou por acidente ou por vontade. Então nós estamos firmes e vamos acompanhar sim como essa arma foi parar na mão dela, de quem era essa arma… Todos os fatos. A OAB vai acompanhar até o final!”, complementou.
Em entrevista a reportagem, o advogado de defesa da acusada, Arthur da Costa Ponte, afirmou que vai recorrer a decisão. “A justiça, por hora, optou por manter ela presa. Então nós vamos adotar todos os recursos cabíveis para que essa decisão possa ser revogada e ela possa responder o processo em liberdade”, disse.
EP Estado do Pará News com informações da A Crítica