Uma mulher, identificada como Janeide Santos, 44 anos, foi presa nessa quarta-feira (20) após ter sido indiciada por ser a mandante do assassinato de sua ex-companheira, Jennifer Caroline Gomes de Lima, 33, em 14 de outubro de 2021, no Gama. As investigações da operação Falso Latrocínio, da 14ª Delegacia de Polícia (Gama), mostram que a autora, com nome obtido a partir de pesquisa em redes sociais, contratou um matador de aluguel.

(Foto: PCDF / Divulgação)

Por volta das 6h do dia do crime, quando Jenifer saía de casa para ir ao trabalho, o comparsa de Janeide atirou na cabeça da mulher, que morreu no local. A mandante, por ter tido relacionamento amoroso com a vítima, conhecia a rotina de trabalho dela. Junto com o executor, ela ficou na esquina da rua da vítima e esperou o momento em que ela iria sair da residência para dar o sinal ao assassino, que simulou um assalto e matou a vítima com um tiro na cabeça.

Após dois anos de investigação, o poder judiciário acatou pedido da 14ª DP para decretar a prisão preventiva da mandante de homicídio contra ex-companheira.

Motivação

A motivação para o crime seria o término do relacionamento entre Janeide e Jennifer, que começou um novo relacionamento com outra mulher. Na época, a autora fez ameaças à vítima e à nova companheira dela.

Durante o trabalho dos policiais investigativos, Janeide apagava provas na tentativa de atrapalhar a investigação da PCDF. Os policiais conseguiram juntar diversas evidências sobre a autoria e materialidade do crime, além de demonstrar os riscos de deixar a acusada em liberdade, com a chance de fuga.

Os policiais consideraram a gravidade do crime praticado e o pavor que as testemunhas relataram em relação à mandante, além das movimentações na tentativa de Janeide não ser localizada. Segundo a 14ª DP, as ameaças contra a vítima e contra quem se aproximasse dela eram intensas. As testemunhas descreveram um perfil de psicopatia com ciúmes possessivos.

Confira a seguir um vídeo que mostra áudio de Janeide ameaçando a companheira de Jenifer. “Comprei um brinquedinho que tem um buraquinho, mas vai fazer dois em você”, diz.

“Diversas testemunhas só colaboraram a partir da prisão da autora. trata-se da investigação de homicídio mais complexa da 14ª Delegacia de Polícia dos últimos anos. Esperamos que, com a prisão e divulgação, haja novas denúncias acerca da identidade do executor do sexo masculino que aparece nas imagens”, afirma o delegado-chefe adjunto da unidade, Ricardo Willian.

Devido ao intenso temor que a autora causava nas testemunhas, algumas delas só colaboraram com a investigação após a prisão de Janeide. Agora, a Polícia Civil aguarda o envio de denúncias anônimas que ajudem a identificar o executor do falso latrocínio. As ligações podem ser realizadas pelo telefone 197 da PCDF.

Com a decisão judicial, a autora vai responder ao processo presa e a investigação prossegue para identificar o executor.

Estado do Pará News com informações do Correio Braziliense