A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira (13), a Operação K’daai Maqsin, que tem o objetivo de desarticular organização criminosa que seria responsável pela fabricação ilegal de armas e munições que abasteceria garimpos, facções criminosas e outras atividades ilegais em Roraima.
Crédito: Ascom PF / RR
Mais de 80 policiais federais cumprem 10 mandados de prisão preventiva e 20 de Busca e Apreensão nos estados do Amazonas e Roraima. Os mandados foram expedidos pela Vara de Entorpecentes e Organizações Criminosas da Justiça Estadual de Roraima, após representação da Autoridade Policial pelas medidas e manifestação favorável do Ministério Público Estadual.
O Inquérito Policial foi instaurado após diligências constatarem que um galpão, localizado em Boa Vista, poderia estar sendo utilizado como oficina para a fabricação e comercialização de armas de fogo e munições de forma irregular.
Com o avanço das investigações, a PF identificou uma rede de armeiros irregulares que estariam operando no estado, inclusive contando com o apoio de um estabelecimento comercial familiar que operaria com aparente legalidade.
Os indícios apontam que os principais suspeitos, além de abastecerem garimpos e outras atividades ilegais da região com os armamentos, operariam diretamente a exploração ilegal de ouro em terras indígenas.
Os principais crimes investigados são a participação em associação criminosa ou organização criminosa e o comércio ilegal de arma de fogo, e as investigações contaram com o apoio do Ministério Público do Estado de Roraima e da 1ª Brigada de Infantaria de Selva.
O nome da operação faz referência a uma divindade maligna da cultura iacuta (turcomanos que habitam região próxima à Sibéria), K’daai Maqsin, quem seria o ferreiro-chefe do submundo e associado às perversões da arte da forja.