Uma investigação da Polícia Civil do Rio revelou uma conexão entre criminosos do estado com bandidos do Pará. Aliados à maior facção criminosa carioca, os traficantes atuam na venda de drogas e também praticando roubos em solo fluminense. Desde junho deste ano, seis criminosos paraenses foram presos no Rio, a metade deles nas últimas duas semanas. Parte da quadrilha de paraenses em atuação no Rio envolveu-se em uma ação que parou parte da Zona Sul no último dia 4. O grupo roubou uma joalheria em Ipanema e, em fuga, fez duas pessoas reféns numa escola de ioga no Jardim Botânico. O inquérito da 14ª DP (Leblon) identificou seis integrantes do bando, cinco deles do Pará e apenas um do Rio.

Foto: Divulgação

Dois dos paraenses foram presos em flagrante no dia do crime. Um deles — Vitor Ramon Pinheiro Macedo — chegou a apresentar uma identidade falsa e afirmou ser do Amazonas. Com auxílio da Polícia Civil do Pará, a delegacia descobriu sua identificação verdadeira. Os outros quatro integrantes do bando que não foram capturados em flagrante terão as prisões pedidas pela polícia. Outros criminosos oriundos do estado do Norte do país ainda estão na mira dos policiais.

A Polícia Civil do Rio já sabe que os paraenses costumam circular com documentos falsos no intuito de não terem suas reais identidades reveladas. Os criminosos tentam se aproveitar da ausência de um banco de dados de impressões digitais nacional que permita a consulta de cidadãos de todos os estados. Assim como Victor Ramon, Daniele e Thiago também estavam com documentos falsos quando foram presos, mas acabaram sendo descobertos.

Em depoimento na 14ª DP, ao ser preso, Vitor Ramon afirmou que apresentou uma identidade falsa porque é acusado de diversos crimes em seu estado de origem. O paraense é acusado da morte de um policial militar na cidade de Vila dos Cabanos e de uma tentativa de latrocínio (roubo com resultado morte) de um policial civil em Abaetetuba, cidade onde nasceu. Victor também é acusado de ter roubado a pistola de um PM em uma praia na Vila do Conde, em Barcarena. Foi com essa arma que ele foi preso ao assaltar a joalheria no Rio e fazer reféns em seguida. Victor Ramon relatou ainda que veio para o Rio de ônibus e trouxe a pistola dentro de uma mochila. Cleiton Marques de Carvalho, o Messan, e Thiago Cardoso Martins, o Thiaguinho, também são acusados da morte de policiais militares no Pará.

No Rio, Victor Ramon foi preso na companhia de Jefferson Alexandre Amaral de Souza, que foi baleado e ainda está internado. Além de Carlos Alexandre de Oliveira Rua, foram identificados os paraenses Marcilene Vieira e um homem conhecido como Mão, que a polícia suspeita que esteja com identidade falsa no Rio. Também foi identificado o carioca Wanderon Luis Pereira de Oliveira.

Carlos Alexandre de Oliveira Rua (sem camisa), Daniele Cristina Santos (blusa laranja) e Thiago Cardoso Martins (blusa preta)

Com informações do Extra
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