Passageiros que estavam na lancha “Madane Gorethe”, que deixou o município de Parintins (distante 269 quilometros de Manaus) por volta das 4h15 desta segunda-feira (3), viveram momentos de terror.

O agente fluvial de Parintins, capitão tentente Washignton, explicou à reportagem que só é possível realizar a liberação da embarcação após receber laudos técnicos que possibilitem a partida rumo à capital amazonense.  

(Foto: Karol Pachego / A CRÍTICA)

“A embarcação Madame Gorethe encontra-se no momento retida pela agência fluvial de Parintins até que se apresente um laudo técnico da classificadora dando as condições de navegabilidade da referida embarcação”, destacou o tenente. 

Pânico

De acordo com relato dos passageiros, por volta de 20 minutos após a saída do porto, começou a entrar uma fina camada de fumaça na embarcação.

Com medo, muitos colocaram coletes salva-vidas – que não eram suficientes para todos – e pediram informações à tripulação que não dizia o que estava acontecendo. 

Houve tumulto e muito nervosismo na embarcação, com a tripulação brigando entre si e os passageiros cobrando informações. Como ainda havia sinal da rede de telefone, a Marinha foi acionada.

Após insistência, o capitão levou a lancha para a margem do rio e uma mulher que trabalha na lancha disse que “o motor queimou” e que iria trocar, mas que a viagem prosseguiria.

Revoltados, os passageiros disseram que não iriam. A viagem retornou à Parintins e a embarcação foi apreendida pela Marinha.

“Foi um desespero enorme, porque ninguém nos explicava o que estava acontecendo. Tivemos que nos impor para que eles não seguissem viagem naquela situação, pois era isso que queriam. Graças a Deus a Marinha foi nos resgatar dessas pessoas irresponsáveis e gananciosas”, Tamy Athaíde, jornalista

Não houve feridos e os passageiros estão buscando meios de retomar para Manaus.

EP Estado do Pará News com informações da A Crítica