Diante dos casos de arboviroses no município – entre as quais a dengue – causadas por vírus transmitidos pelo Aedes aegypti, a Prefeitura de Mojuí dos Campos, no oeste do Pará, está convocando a população para o enfrentamento ao mosquito, a forma mais eficaz de prevenção dessas doenças. A eliminação dos locais de reprodução do Aedes é a principal estratégia para diminuir a incidência de casos.

(Foto: Silvágner Grigório / Ascom / PMMC)

O cuidado começa em casa e deve ser constante, durante todo o ano, principalmente no inverno, em razão da incidência de chuvas e do acúmulo de água em ambientes propícios à proliferação do mosquito Aedes Aegypti. Recipientes grandes ou pequenos, contendo água, como uma tampinha de refrigerante, por exemplo, podem ser criadouros de larvas do mosquito. É preciso que cada cidadão esteja atento aos riscos e vistoriem suas casas pelo menos uma vez por semana.

O trabalho dos agentes de combate às endemias é importante e está sendo intenso nesse período de chuvas. A tarefa é vistoriar imóveis, acompanhado pelo responsável, para identificar locais e objetos que sejam ou possam se transformar em criadouros do mosquito Aedes aegypti. Imóveis não residenciais também estão sendo vistoriados. Os profissionais estão realizando inspeções, coletas e orientações que visam reduzir os riscos de endemias, garantindo um ambiente mais seguro para a população.

“Nossos agentes de combate às endemias realizam inspeções minuciosas em áreas propensas à reprodução do mosquito Aedes Aegypti, como recipientes de água parada. Estamos atentos a locais que podem se tornar criadouros. É um esforço conjunto, e contamos com a colaboração da população. A prevenção é a chave, e a conscientização sobre a importância de eliminar possíveis criadouros em casa é fundamental”, afirmou a coordenadora da Vigilância em Saúde, Josirlande Silva.

“Estamos garantindo que todas as medidas necessárias sejam tomadas para proteger a nossa população contra a dengue, zika e chikungunya. Estamos intensificando nossas ações de conscientização e combate a essas doenças, trabalhando em estreita colaboração com a população e com as equipes de saúde. É crucial que cada indivíduo faça a sua parte, adotando práticas simples em casa, evitando a reprodução do mosquito”, afirmou o secretário municipal de saúde, Glayton Rodrigues.

Algumas medidas simples podem ser implementadas na rotina. Confira 10 passos que ajudarão a você proteger sua família contra o mosquito vetor:

1 – Tampe caixas d’água, ralos e pias

2 – Higienize bebedouros de animais de estimação

3 – Descarte pneus velhos junto ao serviço de limpeza urbana de sua cidade. Caso precise guardá-los, mantenha-os em local coberto, protegidos do contato com a água

4 – Retire a água acumulada da bandeja externa da geladeira e bebedouros e lave-os com água e sabão

5 – Limpe as calhas e a laje da sua casa e coloque areia nos cacos de vidro de muros que possam acumular água

6 – Coloque areia nos vasos de plantas

7 – Amarre bem os sacos de lixo e não descarte resíduos sólidos em terrenos abandonados ou na rua

8 – Faça uma inspeção em casa pelo menos uma vez por semana para encontrar possíveis focos de larvas

9 – Sempre que possível, faça uso de repelentes e instale telas, especialmente nas regiões com maior registro de casos

10 – Receba bem os Agentes de Combate às Endemias e Agentes Comunitários de Saúde

Sintomas e prevenção – Além de serem transmitidas pelo mesmo mosquito, os sintomas de dengue, zika ou chikungunya são semelhantes. Eles incluem febre de início abrupto acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção e coceira na pele, manchas vermelhas pelo corpo, náuseas, vômitos e dores abdominais. Assim que surgirem os primeiros sintomas, é necessário procurar uma unidade de saúde.

Cuidados individuais – O Ministério da Saúde também recomenda as seguintes medidas de proteção individual:

– Proteger as áreas do corpo em que o mosquito possa picar, com o uso de calças e camisas de mangas compridas;

– Usar repelentes à base de DEET (N N-dietilmetatoluamida), IR3535 ou de icaridina nas partes expostas do corpo. Também pode ser aplicado sobre as roupas. O uso deve seguir as indicações do fabricante em relação à faixa etária e à frequência de aplicação. Deve ser observada a existência de registro em órgão competente. Repelentes de insetos contendo uma das três substâncias acima são seguros para o uso durante a gravidez, quando aplicados de acordo com as instruções do fabricante. Em crianças menores de 2 anos de idade, não é recomendado o uso de repelente sem orientação médica. Para crianças entre 2 e 12 anos, usar concentrações de até 10% de DEET, no máximo três vezes ao dia.

– A utilização de mosquiteiros sobre a cama, a instalação de telas em portas e janelas e, quando disponível, o ar-condicionado também são recomendados.

Fique atento!

– Em caso de febre, dor de cabeça, dores atrás dos olhos ou no corpo, náuseas e manchas na pele, procure imediatamente a Unidade Básica de Saúde mais próxima de sua casa.

– Não faça uso de medicamentos sem conhecimento médico. Em caso de dengue, o uso inadequado de certos remédios pode agravar o quadro de saúde.

Cenário Epidemiológico – A Secretaria Municipal de Saúde de Mojuí dos Campos registra, até o dia 28 de fevereiro, 6 casos confirmados de dengue. Não há registro de óbito em decorrência da doença. O número de casos notificados chega a 42. A Semsa aguarda resultados de 29 amostras suspeitas de dengue.

Vacinação contra a dengue – Até o momento, 16 estados e o DF foram selecionados para iniciar a vacinação contra a dengue via Sistema Único de Saúde (SUS) a partir de fevereiro. As 521 cidades compõem um total de 37 regiões de saúde que, segundo o Ministério da Saúde, estão localizadas em áreas com alta incidência da dengue Tipo 2 (Sorotipo 2), que provoca infecção mais grave da doença. A cidade de Mojuí dos Campos não integra a área de alta incidência e aguarda o envio da vacina.

Portal Estado do Pará News com informações Assessoria de Comunicação – ASCOM